repetir
dobar meadas contigo. gosto daqueles momentos em que nos olhamos olhos nos nós e o movimento dos braços disfarça o nervosismo. tu enrolas o novelo, altiva. eu não descolo as mãos dos fios, mesmo que os dedos por vezes brinquem com a ponta que foge. não vês que não sei da ponta. não vês que só finjo que sei como se faz. não sei o que ser quando já não houver mais linhas nas minhas mãos que as linhas das minhas mãos, sem outro horizonte que me corrija a perspectiva. o novelo já está maior que tu. eu sou do tamanho da meada. do tamanho das minhas mãos. iguais às tuas.