eu sei que há cortinas no céu. labirintos de paredes translúcidas onde correntes de ar me transformam os braços em asas. e pelos corredores do céu retratos de rostos sorriem e seguem-me com os olhos. não sei se sorriem sempre ou se é do ângulo em que a luz incide sobre eles no momento em vou a passar. prefiro o rosto azul sem rosto que não me prega os olhos nas costas, cicatrizes de voos felizes.