fui
com rodas silenciosas nos pés
ver se encontrava uma torneira
que me enchesse este buraco no peito.
por agora é lá que guardo os meu braços,
nas galerias internas que me acomodam os gestos.
e assim, seguro ao que resta,
evito perder mais partes de mim.
o buraco tem o tamanho exacto
da minha mão fechada.
por vezes finjo que os braços são vias
e que o sangue corre, involuntário,
alheio ao meu movimento.