estiquei o braço e toquei na estrada. estava quente.

ia distraída a olhar para o chão como sempre. naquele dia o sol nasceu-me aos pés. teimosa a vida rebenta-me na cara, não se insinua em imagens de calendário. flores que despontam, árvores despidas. gelo e orvalho.

continuo com a mala aberta, entre uma e outra viagem. o salto não chegou à margem, pousei na pedra a meio do rio, por um

instante.

aproveito para lavar a roupa sem apagar os odores. este espelho mostra-me uma pele diferente. que me dirá ele da próxima vez que me vir?
volto já

origamim