há pessoas que sabem ler de dentro para fora. pessoas que não precisam de palavras como escoras. peguei neste teu poema e fechei-o novamente na caixa. abri-lo-ei de novo quando me apetecer rir e chorar ao mesmo tempo. ver-me por dentro sem vomitar.


obrigada, c.

traduttore traditore
e, na espera, entre duas respirações, dobrei-me em asas de papel. o silêncio a pesar-me nas pálpebras, mas o fio da história a picar-me todos os poros, cosendo inutilmente palavras à minha memória externa. não sei por que razão não consigo lembrar-me dos filmes como as outras pessoas. uma ou duas imagens, por vezes só um sent ir.