tenho a
boca colada ao coração
sou uma
impossibilidade an
atómica
um
sopro desfaz-se em partículas
na
mecânica dos movimentos
um
bater cardíaco desfaz em sopros
cada pa
lavra,
cada frase, cada fonema
e neste
processo alquímico circular
vou-me
apagando
anulando diluindo
refazendo
redizendo renascendo
como um
fósforo que se extingue
para poder
ver o caminho