harmonia
tocas-me com dedos invisíveis, finos como agulhas compridas. dedos que se perdem nos poros e tacteiam em busca de algo que não conseguem trazer para fora. algo que pulsa, maior, indiferente ao teu desejo cirúrgico. pergunto-me o que fariam os teus dedos com esse pedaço de carne sem pele se ele coubesse numa mão fechada.