dormir ao relento coração ao vento
o sol come-lhe a cor
a chuva empapa-lhe os passos
a bruma amortalha-lhe o sono
feito de muitas vigílias

preciso de uma janela
nestas paredes cardíacas
uma janela larga
com vidros de ver só por dentro
e véus pendurados por fora
presos no para
peito
com nós